Anteriomente escreveu:

Ao chegarem ao topo, os quatro admiraram a vila da qual tinham sido expulsos. A destruição propagava-se por todo o seu território, pequenos incêncios já cobriam alguns dos maiores bairros, tempestades resultantes da combinação do vento e da água atormentavam a população, sem contar com os destroços dos edificios que ruíam a cada minuto.

Miya - O-O que se passa?
(...)
Taka - Vamos! Eu vou até à estalagem onde estávamos antes. Vocês tratem de descobrir o que causou isto tudo.
(...)
Nagatsu - Ok. - Concentrou algum chakra e fez os selos habituais do jutsu. - Doton - Ganban Kyuu! - Duas placas juntas irromperam no local onde estava o símbolo e com um mexer da mão do gennin, separaram-se, dividindo também o selo, que acabara por explodir por ser dividido. - Brutal! Conseguímos!
(...)
Aseki - Amadores... - Ignorando aquela ilusão, fazia mais selos a grande velocidade. Três símbolos à volta dele brilhavam e largavam cada um, um forte ataque que acertava nos três gennins que tentavam avançar para um combate corpo a corpo. - Como me ias incendiar se tu nem és Katon? Temos-vos estudados, não nos conseguem surpreender...
(...)
Aseki - Inútil... - Novos selos e uma bola de fogo e outra eléctrica eram criadas de dois simbolos e fundiam-se para atacar a rapariga. Esta levava com toda a força do impacto, rebolando até a berma do telhado, ficando inconsciente... - Os outros dois agora...
(...)
Nagatsu - Seirei, agora!! - Após aterrarem, os dois usavam um shunshin para se aproximarem do oponente. Nagatsu dava um potente pontapé no joelho esquerdo de Aseki, que foi seguido por um Konoha Shofu de Seirei. No ar, Aseki só conseguiria ver um Raikyuu a vir na sua direcção, atingindo-o no peito e revelando-lhe as entranhas... Entranhas feitas de corvos que se espalhavam após a destruição do clone que ele era.

Nagatsu - Um clone? Tanto trabalho para apenas derrotar um clone? - O rapaz de cabelos brancos aproximava-se de alguns corvos mortos, chutando-os de raiva. O Nara por sua vez tratava de Miya como podia, tirando-a da berma do telhado e deitando-o de barriga para cima. - Como ela está?
Seirei - Está a respirar bem, mas não parece querer acordar. - Os dois estavam agora de joelhos ao lado da rapariga. - Que fazemos agora?
Nagatsu - Vamos ter calma... - O seu olhar mudava entre a cara da rapariga loira e o horizonte de alguns prédios em chamas. - Vamos esperar que a Miya acorde ou que a Taka-sensei volte.

A segunda opção acabou por acontecer primeiro. Depois de alguns minutos a descansarem, os seus alunos eram assustados por um par de Takas que logo se desfizeram em fumo. A verdadeira logo aparecia atrás deles, tinha uma cara mais cansada, com parte das suas roupas queimadas e alguns borrões negros na cara e nas mãos.

Nagatsu - Estás bem? Estás ferida? - Perguntou aflito. Logo se aproximou e tentou examinar as partes do corpo da mulher onde estavam as roupas queimadas, não fosse uma estalada o impedir a meio caminho.
Taka - Mas que pensas tu que estás a fazer? Recompõe-te rapaz, não estamos com tempo para andarmos a confraternizar e a preocupar-mo-nos com outros... - O rapaz amuava um pouco ao ouvir isto. - Sei que as tuas intenções eram boas Nagatsu, mas agora não é a altura para isto... - Virava-se agora para o outro aluno. - Seirei, como está a Miya?
Seirei - Tem-se mantido estável. Tem pulsação e a respiração é regular, apenas teima em não acordar... Talvez se eu apertasse qualquer coisa...
Taka - Não sejas parvo, rapaz... Eu já a acordo. - A jovem Chunnin aproximou-se da rapariga desmaiada e retirou do seu colete um pequeno frasco com um líquido carmim. Tirou a rolha de cortiça e aproximou o frasco do nariz de Miya, abanando-o de vez em quando. - Isto trá-la de volta de qualquer sonho que esteja a ter. É infalível! - Assim foi! A rapariga de olhos azuis levantou-se de repente, empurrando o braço da sensei e derrubando o frasco em cima de toda a manga esquerda do seu casaco.
Miya - O que aconteceu? - As mãos tremiam de energia, a própria rapariga não parava de olhar de um lado para o outro a ver o seu redor. - O que aconteceu? O que aconteceu?
Taka - Calma... - Agarrava docemente na face da sua aluna, sujando-a um pouco com as mãos sujas de cinzas. - Está tudo bem, acalma-te. - Os rapazes olhavam espantados para o efeito que um pequeno frasquinho tivera, podiam andar com uma coisa daquelas para ocasiões parecidas...

Lentamente, os três shinobis acalmaram Miya. Os seus dois colegas de equipa explicaram-lhe o que se passara depois de ela ficar inconsciente, várias vezes por sinal e Taka relatou o que encontrara no resto da vila. A destruição, tal como eles a viam espalhava-se por todos os cantos dentro da muralha externa, não afectando a área protegida pela muralha interior. Tanto o Lord e a sua familia, como a maior parte da guarda da Daimyo tinham desaparecido da vila, levando a Chunnin a sugerir que o Lord estivesse em segurança dentro do castelo...

Taka - Mas mesmo assim... Porque atacariam a vila numa escala tão grande? Não é importante em termos comerciais, não tem uma posição geográfica muito priveligiada já que o seu território e o do próprio país é muito pequeno para ser uma conquista de peso... Será por causa do Lord? Afinal, só atacaram após nos expulsarem daqui, ou será por causa da...
Nagatsu - Então que fazemos agora? - A voz de Nagatsu trazia Taka de volta para o telhado do edificio de cinco andares. - Taka-sensei?
Taka - Temos que reflectir bem. Da maneira como a muralha exterior está desprotegida, podemos concluir que a muralha interior é onde a maior parte da guarda está concentrada. - Com um pedaço de giz que tirara de um dos bolsos do colete, desenhava alguns circulos para ilustrar o seu raciocinio. - Não estando aqui o Lord, podemos concluir que está dentro do castelo, ou então foi capturado pelos shinobis que estão a causar isto.
Miya - Então toda esta área - Com o dedo apontava para a área que corresponderia a onde toda a destruição estava a ocorrer. - está agora a ser atacada. Já deu para ver que as vitimas que houve não foram muitas.
Nagatsu - Sim, tens razão. As vítimas mortais que encontrávamos pelo caminho, notavam-se terem morrido logo em contacto com uma grande variedade de danos.
Seirei - Além disso, os próprios ataques causados pelos estranhos símbolos, não chegavam para causar a morte a alguém. No máximo assustar, causar o pânico e vários danos.
Taka - Não pode... - Os três Gennins ficaram a olhar atentamente a sua sensei. Parecia ter descoberto algo. - Só se...
Nagatsu - Hey! Quer partilhar isso connosco ainda hoje?
Taka - Desculpem-me... Reparem nisto. Se retirarmos das possibilidades a morte propositada em grande escala dos habitantes, só nos deixa como alvos a Daimyo e o Lord.
Seirei - Então não temos mais nada para fazer?
Taka - Calma... Reparem que antes de tudo isto acontecer, trataram de nos tirar do caminho. Mais propriamente, houve a tentativa de assassinato à Daimyo, na qual vocês teriam participado.
Nagatsu - Então estão atrás do Lord? Tirando o esquadrão de Kumo que o protegia, teriam livre passagem até ele e matá-lo ou prendê-lo.
Taka - Talvez, mas acho que não é esse o objectivo. Como explicam que três Gennins, ou imitações de Gennins, tenham conseguido percorrer todo um castelo até chegar à Daimyo e atacá-la em plena luz do dia? Resumindo, para mim está alguém infiltrado lá dentro. Alguém dentro do castelo, talvez que trabalhe no pessoal da cozinha ou assim. Desde que tenha acesso ao interior do edificio, tem uma posição priveligiada para a atacar. O resto foi apenas uma distração. Vamos! - Descruzou as pernas e levantou-se com os seus alunos a segui-la.
Seirei - Para onde?
Taka - Para o castelo! É lá que se vai desenvolver o resto da acção! - Num salto lançara-se para outro prédio mais perto.
Miya - Mas os guardas estão todos a guardar a Daimyo. Seria parvo atacá-la numa altura destas...
Taka - Tens que pensar de outra maneira. Se eles estão já infiltrados, que preocupações têem com a guarda? Eles não querem entrar... Já lá estão. A guarda que está agora na muralha interior e no castelo, apenas os ajuda a impedir que haja perturbações na sua missão. Eles sabiam como a guarda se iria comportar e assim aproveitaram-se dos seus procedimentos de defesa.
Seirei - Então despachemo-nos! - Disse desaparecendo num shunshin...

Numa questão de minutos, os quatro chegaram à beira da alta muralha de rocha. Tinha cerca de dez metros de altura, vários guardas a patrolhavam tanto no seu cimo, como ao nível do chão e a única entrada estava selada pelo enorme portão de madeira e metal. Vigiaram os hábitos de quem protegia aquela zona da muralha por algum tempo, usando depois os dados para planearem a entrada forçada. Com um plano delineado, Nagatsu e Seirei fizeram um clone cada enquanto que Taka se preparava para a sua parte do plano.

Taka - Vão! - Sussurou a líder. Os dois clones começaram a correr pelo misto de mata e edificios que rodeava a fronteira entre a zona populacional e a muralha interior. Os guardas mais próximos notaram os movimentos bruscos feitos pelos clones e logo partiram na mesma direção. - Agora eu... - Com alguns selos, lançava o seu genjutsu sobre os poucos homens que restavam nas suas posições. - Vamos! Silêncio até atravessar-mos toda a estrutura de pedra!

Lentamente saíram do seu esconderijo, algo inseguros quanto aquele plano. O genjutsu de Taka, iria detorpar a imagem de realidade dos presentes, vendo todo o local como se os quatro shinobis não estivessem ali, era um Kokohi a larga escala, como Nagatsu lhe chamara antes. Com o Kinobiri subiram a muralha e chegados ao topo, desviaram-se de um guarda que fazia a sua ronda, descendo do outro lado. Dentro dos terrenos do castelo, a paisagem era bem diferente da que eles vinham. Pequenos jardins de flores de várias cores e tamanhos estavam desenhados por todo o terreno. As várias sebes verdes, mostravam-se em diferentes figuras animalescas e de tamanhos que variavam desde o pequeno cão, ao grande elefante.
Seguiram um pequeno corredor feito pelo jardim, sempre mantendo-se nas poucas sombras que existiam. O perfume das flores inundava os pulmões dos shinobis de Kumo, mas nem isso os acalmava e tirava-lhes algum peso dos seus ombros. Nem era forte o suficiente para Miya parar de conseguir sentir o forte odor do líquido carmim que tinha na manga. O grupo parou perto de uma das torres ao comando de Taka.

Taka - A partir daqui teremos que nos dividir em dois esquadrões. O objectivo principal será encontrar a Daimyo ou o Lord e garantir a sua segurança. Não se esqueçam de avisá-los da situação em que estamos. Nagatsu e Seirei, vocês irão subir aqui. - Apontou para cima, mostrando uma pequena janela na estrutura de pedra da torre. - Já sabem que o mínimo erro será fatal, por isso... Cuidado. - Os seus olhos fixaram-se em Nagatsu ao dizer a última palavra, esta parecia ser mais sentida do que habitualmente.
Nagatsu - Certo. Vamos Seirei! - Disse, subindo a torre com o Kinobiri.
Seirei - Ei! Tu não mandas, quem manda sou eu! Nara Seirei! - Refilou enquanto seguia o seu companheiro.
Taka - Nós vamos por outro lado...



Dois vultos aproximavam-se a grande velocidade, percorrendo o caminho de terra batida entre o mar de flores que rodeava a vila calma e pacífica para a qual os mandaram. No horizonte, viam o perfil da muralha com uma auréola de laranja e encarnado a dançarem pelo céu escuro. Com um shunshin desapareceram do local onde estavam, reaparecendo vários metros à frente, deparando-se com um guarda caído e nocauteado. As duas formas humanas tiravam agora o capuz da sua capa contra a chuva, mostrando serem rapaz e rapariga. Trocaram algumas palavra e com um salto e uma caminhada na parede, subiram o muro para se depararem com o que restava da anterior destruição causada pelos clones do misterioso careca... Inspiraram fundo e antes de saltarem para depois descerem a muralha o rapaz falou "Ainda aqui estarão?"

Muito Bom Kadmos, andas a escrever muito porreiro.

Vamos lá continuar a saga .

Força nisso.