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Naruto RPG
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E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
Sexo : Idade : 28 Localização : Belem/ Pa - Brasil Número de Mensagens : 3178
Registo Ninja Nome: Azura Inugami Ryo (dinheiro): 4965 Total de Habilitações: 502,25
Assunto: (Datte) Filler 6 - Gotas Dom 9 Jan 2011 - 12:28
Filler 6 - Gotas
Filler 6 - gotas Estava deitado próximo a uma janela, eu olhava através desta, eu via a tudo e ao mesmo tempo não via a nada. Estava distraído. Lá fora chovia e os pingos colidiam com o vidro caindo preguiçosamente como se estivessem sendo guiados. Eu sempre odiei a chuva, na verdade eu a odeio e a amo ao mesmo tempo porque uma vez, quando criança, fiquei duas semanas doente em uma cama por pneumonia. Desde então a odeio. Eu estava com a cara encostada ao vidro, quase dormindo na verdade. Acordei com o som de passos atrás de mim e quando levantei a cabeça vi que Shounan estava de pé ao meu lado olhando a janela também, ele não ousou olhar para mim, eu sabia o porquê. - Não quero sua pena sensei... Também não quero sua presença, por favor me deixe só. – Eu virei minha cara para a janela novamente e apoiei minha cabeça lá, sabia que estava sendo arrogante pedindo para ficar só estando de hospede na casa dele. - Cale-se Datte, olhe para mim garoto... – eu não podia ver se ele afastava-se ou continuava lá. A esta altura a chuva já estava com força lá fora e produzia um ruído preguiçoso dentro da casa. – Não quero que fique assim! Você não foi o único a sentir esta morte! Não seja egoísta! – Eu o ouvia e sua voz estava mais grave, parecia mesmo que ele estava sentido. Virei minha face meio à contra gosto, subi meus olhos e vi que Shounan me encarava. - Como você pode entender? Olhe para mim! Eu estou aqui na casa do meu sensei que por acaso é um estranho, enclausurado em uma cama, sem meu braço esquerdo e ainda por cima sem pais! Como você acha que eu me sinto porra!- Eu não havia percebido, mas estava gritando. - Egoísmo?! Eu tenho todo o direito de ser egoísta! Ele me olhou profundamente e sentou-se na cama ao meu lado, vendo de perto se percebia que entre seu cabelo castanho-claro já emergiam fios prateados. Ele pôs as duas mãos na face e, para minha surpresa, retirou a mascara de ferro. Eu fiquei realmente assustado vendo que ele retirava a máscara assim tão simplesmente. Ele então se virou para mim e me encarou, mesmo que eu quisesse chamá-lo de velho era impossível, seu rosto não era velho e tampouco feio, é claro, ele tinha uma face fina e parecia ligeiramente magricela, mas seus olhos compensavam com a aparente energia e vigor de um jovem. - Olhe para mim Datte, eu sou velho rapaz. Nunca tive filhos, nunca tive uma vida, eu sempre fui “um shinobi” e nada mais. Eu passei por batalhas sangrentas e vi vidas sendo dilaceradas. Você acha que eu não entendo? – Ele parecia cansado, mas ainda assim algo me forçava a não responder-lhe bruscamente, ele de certa forma me pressionava psicologicamente. - Eu estou confuso sensei, não consigo, não só. – Eu olhei para o chão como uma criança repreendida. – É pesado demais pra mim. – Eu me sentia em um turbilhão, parecia que naqueles tempos minha vida havia sido amaldiçoada. – Q-quando será o enterro dela? - O enterro foi esta manhã garoto... Preferi não chama-lo. – Ele levantou-se e pôs a mascara novamente. – estava dormindo e ainda não consegue fazer força. Eu admito, desta vez eu quis gritar. - O QUE?! COMO ASSIM?! ELA É MINHA MÃE! VOCE NÃO TINHA O DIREITO! – Estava realmente bravo com meu sensei, tanto que tive vontade de levantar e esfaqueá-lo até a morte, mas fui impedido por ele. - Não faça força Datte, quero que fique claro garoto, se você ficar um inútil não terá utilidade para mim... – ele pôs a mão no meu ombro e me olhou com aqueles malditos olhos. Eu não tive reação, eu apenas o encarei emburrado e voltei a me deitar ainda muito furioso com ele. – Eu vou à cozinha preparar algo para comermos, fique aqui e não ouse levantar-se. – Ele virou-se e saiu pela porta. Eu fiquei lá, remoendo meu ódio e chorando por dentro.
Aquilo ali era sem duvida um local aconchegante, ao norte ao lado da porta havia um guarda-roupas negro com detalhes brancos, as paredes eram revestidas com cortinas azuis tanto quanto o chão com tapetes brancos, eu não pude sentir o piso, mas apenas olhando arrisquei que fosse de madeira pela textura e a cor. Era surreal que Shounan, aquele professor inflexível e maligno tivesse uma casa tão linda e aconchegante. Infelizmente minha distração durou pouco e parece que de repente o mundo caiu sobre mim, eu olhava as gotas de chuva caindo na vidraça e então me lembrei novamente de quando fiquei doente, durante todas as duas semanas de cama, apenas uma pessoa estava ao meu lado, minha mãe e, não posso negar. Eu a amava. Era doloroso e meu corpo estava dolorido em todos os cantos, mas minha vontade me movia e eu tinha de fazer aquilo. Com cautela eu tirei o lençol sobre meu corpo e sentei-me na cama, podia ouvir Shounan na cozinha cantarolando uma música triste, que seja, eu o ignorei e vesti minha jaqueta. Andei até a porta e lá encontrei meus sapatos, olhando-os eu lembrei o dia em que acabei queimando meu pé quando uma panela de água fervente caiu no meu pé, minha mãe naquele dia trouxe um lenço-de-pano e umedeceu meus pés com água gelada até que a dor parasse... Abri a porta... Eu estava tonto e mal conseguia ficar de pé e ainda assim continuei, sai mundo afora... A chuva ainda estava forte e o vento me desequilibrava violentamente. Eu andava em uma rua repleta de água em meio aquela tempestade, as gotas batiam em minha face como se fossem pedras e a dor se espalhava a cada toque, eu sentia cada gota tocar minha pele. Já andava a quase dez minutos, senti algo quente escorrer pelo meu tórax. E antes que eu pudesse raciocinar uma dor insuportável alcançara meu ombro onde deveria haver meu braço esquerdo. Pus minha outra mão no local ao mesmo tempo em que gritava com a dor. Senti minhas pernas fraquejarem e decidi correr, eu me esforçava a cada passo e a dor se alastrava a cada segundo, em flashes ao meu redor eu via pessoas me olhando, a água fria amortecia minha face e o sangue quente escorria pelo meu tórax. Eu estava acabado. Em um segundo tudo se desfez, já não havia chuva e dor. Eu me via em uma grande planície verde, meu ombro já não doía e o frio desapareceu. O chão era formado de pedrinhas e entre estas pedrinhas tufas de grama estavam postas ordenadamente em um espaçamento padrão, eu estava correndo rumo ao topo de uma colina e no momento ainda estava no pé dela. Lá em cima vi minha mãe, a face estava escondida pois um brilho ofuscante não me deixava ver, mas eu sabia que era ela. Eu corria e corria, estava de alguma forma desesperado e ao mesmo tempo feliz. Mas a minha felicidade não durou muito, eu estava tão perto... Faltava tão pouco para que eu conseguisse alcançá-la que eu até estendi meu braço bom para tentar tocá-la, e em outro segundo tudo começou a desmanchar, o chão transformou-se em uma massa pastosa e o céu de uma hora para outra se desfazia e movia-se como se fossem milhares de formigas azuis e em um ponto to critico começou a cair, eu gritava enquanto afundava no chão que aos poucos se tornava menos denso, o céu desabava em forma de gotas e em poucos minutos eu estava submerso. E novamente tudo se transformou. Eu abri meus olhos e percebi que estava ajoelhado, sim sim, estava ajoelhado no meio de uma rua com a chuva ainda a desabar sobe mim, meu rosto estava mortificadamente gelado de tal forma que já não o sentia, minhas roupas estavam ensopadas e pesadas o que fazia apenas doer mais o gaze já manchado de vermelho do meu ombro. Eu não ouvia nada além do chiado da chuva ao meu redor, meu ombro e meu corpo doíam muito... Mas eu não conseguia me mover, eu estava apenas lá ajoelhado com a cabeça pendida para baixo com os olhos abertos, em meu campo de visão eu via apenas o chão e as gotas de chuva a colidirem neste. E, aos poucos eu senti gotas quentes escorrerem por minha face, parecia surreal para mim, mas eu estava chorando sem nem mesmo perceber, sem nem mesmo perceber meu coração desfalecia em lágrimas. Eu estava tremendo. Uma mão tocou meu ombro bom, ela apertou-o calorosamente e eu senti quem era. No começo pensei que fosse minha mãe, ainda pensava tanto nela que parecia impossível que ela estivesse morta, mas logo percebi que era Shounan que se aproximava lentamente, ele parou de fronte comigo e se baixou. - Datte. – Sua voz era um sussurro para mim. – Voce não deveria garoto... Eu sei que está sofrendo, mas se morrer de pneumonia não terá como vingar-se! - Eu não consigo sensei... Eu tenho medo! – Sim, eu chorava profundamente, não tinha medo de expressar o quanto estava triste. – As vezes tenho vontade de morrer... Shounan olhou para mim alguns segundos, eu olhava-o também com os olhos cheios de súplica. Por um segundo ele realmente ponderou sobre a possibilidade, afinal, seria fácil me matar neste estado. - Datte, meu pupilo, certa vez você disse “Eu não consigo fazer isto só” e você não está só garoto, está comigo... Voce merece propagar este sofrimento, merece descontar todas as suas mágoas naqueles que o fizeram sofrer. Eu vou ajudá-lo Datte. Eu juro que você não morrerá. - Eu ouvi aquilo e por um momento Shounan pareceu uma espécie de deus pra mim, naquele segundo eu passei a venerá-lo como um deus. Eu fechei os olhos, e não os abri nem mesmo quando o senti me carregando, ele pôs-me nas suas costas e começou a correr, eu estava com os olhos fechados e não pretendia abri-los tão cedo. Eu senti um solavanco, e então paramos. Eu não via nada, portanto não imaginava onde estávamos, mas a chuva havia parado consideravelmente transformando-se em um simples chuvisco. - Abra os olhos Datte, nós chegamos. – Ele disse-me. “Aos poucos eu abri os olhos vermelhos e doloridos de tanto chorar, e quando a visão voltou, lá estava, o túmulo de minha mãe.”
Última edição por drow elf em Dom 9 Jan 2011 - 16:43, editado 2 vez(es)
L Mars
Membro | Iwa
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Registo Ninja Nome: Arice Tsukihoshi Ryo (dinheiro): 875 Total de Habilitações: 56,5
Assunto: Re: (Datte) Filler 6 - Gotas Dom 9 Jan 2011 - 15:12
Li agora os dois ultimos fillers. O ultimo esta razoavel. Senti um pouco a falata de movimentação e um pouco estranho explicaram que tinha sido um "acidente"
Já este está muito bom. A primeira OST (roubaste-me esta ost ) não encaixava bem no filler, pois para alem de ter vocais no OST calhava logo na parte em que o Datte estava a pensar e a dialogar, logo era complicado estar a ler e a ouvir a OST (desliguei-a mal começou o vocal)
Mas acho que o final estava muito bem, principalmente a parte de ele ver o tumulo da mãe ^^ Continua
Dorou
Administrador | Kiri
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Registo Ninja Nome: Azura Inugami Ryo (dinheiro): 4965 Total de Habilitações: 502,25
Assunto: Re: (Datte) Filler 6 - Gotas Dom 9 Jan 2011 - 16:06
pode ser, vou retirar a primeira então ^^ obrigado pelo comentario o7
Tav
Membro | Iwa
Sexo : Idade : 29 Localização : Brasil Número de Mensagens : 940
Registo Ninja Nome: Yoko Ryo (dinheiro): 1450 Total de Habilitações: 34
Assunto: Re: (Datte) Filler 6 - Gotas Seg 10 Jan 2011 - 2:54
Cara, em comparação ao último filler este está simplesmente GOD!
Super bem escrito, DESCRITO, criativo e enfim. A ideia de fazer um filler em primeira pessoa para poder dar esta "pausa" e finalmente mostrar para a gente o que se passava na mente do datte foi realmente genial e você executou muito bem.
Antes eu achava o datte um psicopata maluco psicótico manipulado que não tem sentimentos e hoje vejo que ele é uma espécie de emo overpower
Aquela parte do delírio foi muito show! o/ A princípio eu achei que o snsei o tinha apanhado num genjutsu para aatê-lo e levá-lo de volta Mas depois caiu a ficha que era só maluquie dele mesmo.
Ok... E eu que achava que era maluco
Continua e espero que aplica ao resto o que aplicou aqui: detalhes e expressão. Apressa menos a história poi asim está bem mais agradável ^^
Amaterasu
Membro | Suna
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Registo Ninja Nome: Nakamura Kanzaburō Ryo (dinheiro): 0 Total de Habilitações: 24
Assunto: Re: (Datte) Filler 6 - Gotas Seg 10 Jan 2011 - 22:20
Tendências Suicidas O.O Isso é mau pá. Tal como a maltinha ai de cima, tambem gostei mais deste que do anterior. Continua o bom trabalho.
Dorou
Administrador | Kiri
Sexo : Idade : 28 Localização : Belem/ Pa - Brasil Número de Mensagens : 3178
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Assunto: Re: (Datte) Filler 6 - Gotas Ter 11 Jan 2011 - 16:16
thanks /o/ Tera e tav Eu to pensando em continuar na primeira pessoa.... Ainda é incerto
Tav
Membro | Iwa
Sexo : Idade : 29 Localização : Brasil Número de Mensagens : 940
Registo Ninja Nome: Yoko Ryo (dinheiro): 1450 Total de Habilitações: 34
Assunto: Re: (Datte) Filler 6 - Gotas Ter 11 Jan 2011 - 21:02
Eu te aconselho a variar... Primeira pessoa é bom quando quer fazer um filler mais expressivo e esclarecedor, como este. Terceira pessoa é awesome para fazer fillers descritivos, fillers para narrar os fatos, não mostrar os momentos emo do personagem. Além do que é mais imparcial. Espero que equilibre bem e esta, é claro, é só minha opinião. Fikdik
Ritta
Membro | Kumo
Sexo : Idade : 29 Localização : blank file Número de Mensagens : 244
Registo Ninja Nome: Sora Kondo Ryo (dinheiro): 150 Total de Habilitações: 43
Já melhorou, mas o Loan esstá a ficar muitoooooo emo *_*
Citação :
- Como você pode entender? Olhe para mim! Eu estou aqui na casa do meu sensei que por acaso é um estranho, enclausurado em uma cama, sem meu braço esquerdo e ainda por cima sem pais! Como você acha que eu me sinto porra!- Eu não havia percebido, mas estava gritando. - Egoísmo?! Eu tenho todo o direito de ser egoísta!
É nestas alturas que o Tsutao saca da katana e começa a matar tudo o que lhe aparece à frente .
Vou ler o resto, mas agora vou ter que sair então acabo depois ^^. Boa história