Fukkatsu Kamui Filler 28 – À Procura do Segredo Jazia deitado no chão, com os olhos fechados rodeado por umas três pessoas. Um deles era Minamoto, um rapaz de cabelos loiros novo colega de equipa de Kamui. Era este quem permanecia imóvel no chão, com a mão sobre a ferida que tinha no ombro. Esta encharcava de vermelho as vestes cinzentas-azuladas que Kamui usava de momento.
─ Ajudem-me. – Suplicou Minamoto dois segundos depois de Kamui cair no chão inconsciente. – Ajudem-me a transporta-lo para o hospital.
Horas Antes:
Sem nada que fazer, ainda a recuperar da sua missão no País da Relva que tinha ficado bastante magoado e incapacitado de treinar para obter o segredo dos Fukkatsu, o jovem Kamui decidiu tentar procurar algo na Biblioteca sobre o que poderia ser esse segredo.
Saía da quinta comprada pela troca de informações sobre Suna a Taki. Um sítio de uma grandeza não especial, mas a sua beleza era sem dúvida imensa. O seu problema era ficar a dois quilómetros da Vila, mas para os Fukkatsu esse não era um problema. Um muro com três metros de altura vedava o recinto, de um estilo arquitectónico claramente asiático, com os cantos dos telhados a terminarem em peças de de barro em formas de dragões assustadores. Lá dentro haviam dois grandes edifícios que mais se destacavam, ambos de três andares. Depois também um outro edifício mais pequeno para armazenar os lixos e ferramentas. O mesmo muro que definia a quinta era ladeado por árvores de flor de cerejeira cor-de-rosa na parte de dentro.
Apesar de tanta beleza a partir das três horas aquele sítio era escuro como o fim de tarde, pois montanhas rochosas de altura imensa tapavam ao sol depois dessas horas. Nessas montanhas haviam grandes cascatas que caíam a toda a volta formando um pequeno rio em volta da quinta.
Kamui abandonou a Quinta ainda de dia, em direcção à Biblioteca da vila. Não podia correr devido ao repouso que o médico lhe aconselhado e por isso demorou algum tempo até chegar à vila.
─ Kamui. - Chamou uma voz vinda de trás na entrada da vila.
Ao olhar, o Fukkatsu reparou no seu amigo e colega de equipa, Hakaru Minamoto. Vinha num andar rápido e ofegante para chegar perto de si. Cumprimentaram-se tocando as mãos e deixando-as escorregar para trás, de seguida fecharam o punho e deram um pequeno toque.
─ Tão que andas por aqui a fazer? Não me digas que temos uma missão e eu não sei.
─ Nada disso. Vou à biblioteca fazer trabalho de investigação. – Declarou o rapaz de cabelos azuis.
─ Então, o que andas tu à procura? – Questionou o rapaz de cabelos loiros.
─ A Arma temida de Sunagakure. – Disse como se fizesse aspas com os dedos no ar.
─ Nunca ouvi falar. – Respondeu sem perceber qual o interesse que Kamui tinha. – Não devias saber, visto que és de Suna?
─ És não, eras. – Vociferou de uma forma pouco agressiva. – Eu sou de Taki agora, e disposto a dar a vida por ela.
─ Está bem, desculpa.
─ Não sei mesmo o que é, mas pelos vistos é poderoso e melhor, há possibilidade de a vir a aprender. – Colmatou Kamui deixando a frase no ar.
Já na biblioteca decidiram procurar separados para terem mais probabilidades de encontrar alguma informação sobre o que era a tal arma temida de Suna.
Num corredor mais escuro haviam alguns Kanji a assinalar algo que Kamui não conseguiu ler, decidiu aproximar-se e ao aperceber-se de uma aura mais obscura avançou por curiosidade. Parecia estar envolto de mistério aquele lugar mais ao fundo do edifício.
Ao fim de umas horas a procurar na estante do meio, depois de ler várias capas duras com títulos insólitos e por vezes estranhos, Kamui encontrou um livro com a palavra Suna. Decidiu abrir o livro ali para dar uma pequena espreitadela, mas foi quando sentiu uma dor imensa no peito. Onde tinha uma ferida provocada pela Guerra ainda não sarada, meteu a mão sobre o peito e sentiu-a molhada, ao olhar viu um intenso vermelho, os olhos reviraram pouco depois e este caiu no chão.