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[Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis EJWNGUN
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[Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis EJWNGUN


E o ciclo da vida repete-se! As pacíficas vilas voltam a unir-se para combater um mal em comum. Vem conhecer o melhor e mais antigo role play de Naruto, totalmente em português.
 
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 [Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis

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Tio Tsu

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Tio Tsu

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MensagemAssunto: [Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis   [Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis Icon_minitimeTer 14 Jul 2015 - 9:21

Forças incompreensíveis


- Explica-me como é que ainda és uma criança… Se isso é só o corpo e andaste a enganar-nos a todos, ou então…
Katsu não terminou a perguntar, não sabendo exatamente o que e como perguntar. Aquilo que queria saber, os segredos mais íntimos sobre Gaina e a sua filha primogénita, era conhecimento que transcendia os seus limites humanos. Era conhecimento que ele sabia que nunca iria compreender perfeitamente e, ironicamente, era algo que tinha de aproveitar contra a sua némesis.
- Já leste sobre esse assunto. A minha mãe usou uma Placa da Alma para selar a minha maturidade. Isso impede que, mentalmente, eu cresça a partir da idade que tinha na altura, os nove anos. Tenho vivido neste estado há mais de um século e têm sido… insuportável… Enquanto o meu corpo evoluía, a minha mente ficava paralisada no tempo, fazendo-me agir como uma criança. Embora estivesse consciente do que me tinha acontecido e que não era uma criança, as atitudes e emoções infantis nunca foram controláveis. É por isso como ajo como ajo e porque choro pelas coisas mais mínimas; sei que estou a ser infantil e, no entanto, simplesmente não consigo fazer nada quanto a isso. – As palavras da criança saíram como uma honestidade e emoção que, por momentos, abalaram Katsu. Para intensificar, tímidas lágrimas escorreram pela face dela e pingaram pelo queixo enquanto a pequena tentava controlar os soluçõs que teimavam em arrebentar num pranto – É uma maldição… Compreender o que és e não haver nada que possas fazer sobre… Nem mesmo… Nem mesmo… Nem mesmo morreres, para terminar esta dor que sentes no peito…
Agora sim, o Imagawa estava verdadeiramente emocionado com o que a pequena lhe contava. Pensado sobre o assunto, reconheceu que nunca se havia colocado na situação de Sekima. Como seria viver com tal maldição? Estar consciente que se estava amaldiçoado e ter de viver com esse peso por ser-se incapaz de terminar com a própria vida enquanto se via o corpo a crescer e a mente incapaz de o acompanhar. Era um tormento que Katsu não conseguia imaginar e, por tal, não pôde deixar de sentir se não respeito e pena pelo que a pequena passou. Mas isso não o faria ali. Nem o choro daquela que, outrora, considerara o seu bem mais precioso o impediria de continuar com as perguntas.
- Anda, acalma-te. – Pediu, num tom mais frio do que o que desejava dirigido a Sekima. Não obstante, esta acatou o pedido e nutou com a cabeça, respirando fundo e tentando enxaguar as lágrimas, embora saíssem sempre mais algumas. – Tenho muito que perguntar, ainda vais responder a tudo? – Sem dizer nada, Sekima limitou-se a nutar com a cabeça novamente. – Então… Primeiro, vou querer saber o que fizeste nesse século em que viveste com a “maldição” até ao momento em que te encontrei nos esgotos de Kirigakure.
- Eu… Nunca soube exatamente o que fazer. – A criança falava calmamente, denotando-se como escolhia o que dizer cautelosamente. No fundo, debaixo de toda a desconfiança e desapontamento, Katsu confiava que ela não lhe esconderia nada e esperava que assim acontecesse. – Não era uma criança normal como todas as outras e tinha… hábitos estranhos. Como criança por si só, tinha a necessidade de companhia, de alguém que me pudesse fazer companhia e me amasse. Alguém com quem pudesse brincar todos os dias e me fizesse sentir segura. E, no entanto, sabia que, como Kazue, uma portadora do Jintai Soujuu, nunca conseguiria inserir-me completamente numa sociedade que me podia dar a companhia e segurança que tanto necessitava… Pelas mais diversas razões… - A rapariga calou-se, mas o olhar sério de Katsu ansiava que explicasse tudo e, num suspiro de desalento, ela continuou – Eu não poderia inserir-me em sociedades humanas por causa da minha mãe, que ainda me procurava. Isso faria com que eu me destacasse demasiado, logo quando eu mudei de corpo para que ela não me reconhecesse. E, mesmo que Gaina não fizesse nada, o Jintai Soujuu por si só não me deixaria ser normal e tive medo que os outros me considerassem… um monstro. Passei o século inteiro sozinha, e, a cada dia que passava, a vontade de sair dos esgotos e fazer um amigo, não importava quem fosse, para diminuir um pouco a solidão que sentia apenas aumentava. Se tu não tivesses aparecido naquela noite, acho que hoje ainda podia estar a “morrer” lentamente nos esgotos. Essa é uma das razões que me faz amar-te tanto, papi!
A última demonstração de amor fora genuína e isso afetara minimamente Katsu, mas não passou disso. Em circunstâncias diferentes não havia dúvida que ele retribuiria o sentimento, mas no momento aquela que dizia que o amava não era Sekima, a sua filha, mas Kazue, a filha de Gaina. Não conseguia fazer a distinção entre ambas o que o levava a não conseguir retribuir os sentimentos dela, por mais genuínos que, à primeira impressão, parecessem ser.
- Há mais alguma coisa que eu não saiba sobre ti? – A primeira reação da pequena foi a de claro desapontamento (provavelmente por não ver os seus sentimentos retribuídos, como acontecia antigamente) que assim durou por alguns momentos. Aos poucos, foi mudando para um aceitamento conformado da sua situação atual. Com esse semblante de quem, aos poucos, compreendia que não podia fazer nada para mudar aquilo que o atormentava, Sekima negou com a cabeça. O Imagawa duvidou que já soubesse de tudo o que havia para saber sobre Kazue e Gaina, mas preferiu não insistir no assunto de momento. Notava-se o quanto discutir sobre isso afetava a criança emocionalmente, pelo que seria melhor insistir em outros temas menos pessoais. – Então explica-me sobre essas Placas das Almas.
- Desculpa… papi, mas isso é algo que eu não sei. Na altura em que Gaina as usou, nem ela as compreendia perfeitamente. Na altura podia usá-las, embora a custo e com muitos sacríficos por sua parte, mas agora não sei se as controla melhor… Peço desculpa, mas eu não sei mesmo nada! Juro!
O Imagawa compreendeu. As Placas das Almas eram a única ponta solta em toda esta história. Já sabia muito sobre a Gaina, o passado que a levou a megalómana insana que é hoje, os seus motivos e métodos que usava para atingir os objetivos. Também sabia sobre o sistema de Tenkei`s e como seria abusado pela própria Gaina. Sabia mais do que alguma vez desejou saber, numa daquelas raras situações em que a ignorância era verdadeiramente uma bênção, e, no entanto, havia algo que era um completo mistério.
Placas das Almas…
O que são verdadeiramente? Quem as criou e como é que funcionam? O Imagawa abstraiu-se do ambiente à sua volta para pensar sobre essas perguntas. O que aprendeu sobre elas na sua invasão ao templo de Suna não era suficiente para obter respostas úteis. E se as Placas da Almas são uma arma essencial para Gaina poder cumprir o seu objetivo, então Katsu sentia-se mais do que na obrigação de aprender mais sobre os artefactos. Mas não era algo que podia fazer no momento, já que outros assuntos urgiam mais da sua atenção que as Placas. Apenas desejava poder descobrir antes de enfrentar a sua némesis.
- Papi? – A voz fraca, característica de alguém que acabara de chorar, da sua filha despertou-o dos seus pensamentos. Embora receosa, notava-se que ela queria continuar a conversa, talvez numa vã tentativa de resolver o problema pessoal entre eles – Não… tens mais perguntas?
O Imagawa reorganizou as ideias. Já sabia mais sobre o passado de Kazue, embora ainda se questionasse se o sabia todo, e que as Placas da Alma também eram um mistério para ela. Também comprovara que as suas teorias de Sekima ser uma enviada de Gaina foram provadas como erróneas, para alívio da sua consciência, pelo que apenas sobrara uma última coisa a perguntar. O que, do ponto de vista de Katsu, fazia a Gaina ser o que é.
- Quero saber tudo o que sabes sobre o Jintai Soujuu.
- Há pouco a acrescentar ao que já leste dos diários da minha mãe… É uma habilidade com possibilidades infinitas e virtualmente perfeita: incrivelmente forte e sem fraquezas. Mas há algo que não sabes e que a Gaina nunca irá partilhar com ninguém. Jintai Soujuu é um poder viciante; quando o usas pela primeira vez sentes uma sensação de poder e controlo sobre o que mais ninguém controla indescritível. Sem dares conta, acabas por usar e abusar do Jintai Soujuu, sentindo-te imensamente poderoso, para lá do que alguém é capaz de imaginar. É, nesse momento, que simplesmente não consegues parar de usar a habilidade. Foi isto que aconteceu a Gaina: embebedou-se com o seu próprio poder até ao ponto em que está hoje. E, tal como muitos vícios, o Jintai Soujuu é nefasto ao seu usuário. Quanto mais o usas, mais o teu próprio corpo se vai baralhando, como podes ver pelo cabelo multicolorido ou as mãos esverdeadas da minha mãe, num estado em que a mente não reconhece o que está a acontecer de errado ao próprio corpo. – A criança calou-se por alguns segundos, tanto para pensar sobre o que já disse como para descansar um pouco, não desviando o olhar do seu pai, que a ouvia muito atentamente. – Eu falo por experiência própria. Já estive perto de também me viciar neste poder e tornar-me, talvez, em alguém pior que a Gaina. E é por isso que acho que há algo que precisas de saber, papi. Penses o que pensares, a minha mãe encontra-se num estado irreversível, tanto de mente como de corpo. Ela não é um deus, como tanto deseja, mas também já não é humana. Eu descobri isto quando… nos tocamos no outro dia. Passa-se algo dentro do corpo dela, algo que não te consigo explicar pois o contacto também foi curto, mas sei apenas uma coisa: desconfio que o próprio Jintai Soujuu tomou posse do corpo dela, se isso é sequer possível… E deste então tenho sentido medo de mim mesma…
A revelação alarmou visivelmente Katsu. Parece que o mistério das Placas das Almas tinha um rival: Jintai Soujuu. Duas habilidades poderosas e que muito pouco se sabia sobre elas. Outra preocupação para se adicionar à razoavelmente longa lista do Imagawa.
- Não tenho mais perguntas… - Acabou por dizer, num tom de desistência. As revelações de Sekima ajudaram-no, até um certo ponto, e esclareceu-lhe muitas incógnitas, intensificando sem respostas outras. Por momentos, Katsu sentiu-se demasiado ignorante para alguma vez vir a poder compreender completamente o que tanto o alarma. Sentiu-se insignificante ante as forças que se via obrigado a enfrentar para proteger o que ama. Um sentimento que preferia não sentir, que lhe pesava no peito e o deitava abaixo. Mas pensar no seu clã e em Kimera, em quem queria proteger, fazia que esses pensamentos desanimadores esvoaçarem para longe momentaneamente, nunca desaparecendo verdadeiramente.
Cansado, e ainda algo abalado, pelo tudo que ouvira, sentou-se sobre o ramo da árvore e encostou-se ao seu tronco, suspirando profundamente. Os olhos cristalinos de Sekima seguiram cada movimento seu, hesitantes e ansiosos, e os seus lábios pareciam criar palavras que, todavia, não saíam. Ambos ficaram assim por uns momentos, quais atores desesperados por saberem qual era a fala a seguir, até Sekima conseguir por fim reunir coragem.
- E nós… papi? Ainda… estás zangado?
O Imagawa voltou a suspirar, sacudindo os longos cabelos da sua cabeça como se isso ajudasse a organizar o que sentia.


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MensagemAssunto: Re: [Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis   [Saga "Líder Indesejado"] Pergaminho II - Forças incompreensíveis Icon_minitimeSex 24 Jul 2015 - 20:53

A minha memória é horrível. Juro.
Andava sempre a pensar "quando chegar a casa, tenho que comentar o filler do Tsu" ou "antes de ir dormir, a ver se comento o filler do Tsu". E depois nada! Esquecia-me D:

Anyway... Conseguiste tirar-me algumas das minhas questões em relação à Sekima, embora continue com uma parte considerável delas... Algo que deve ser respondido quando começares a abordar novamente as placas das almas, né?
E, no fundo, tenho pena pela Sekima. Acredito realmente que ela não esteja a fazer jogo duplo ou teria que ser grande actriz. O que ela tem é visto como uma maldição por ela, o que faz sentido. A Gaina não está bem da cabeça, como exemplo.

Questão:
Como devemos agora chamar à Sekima? Pelo nome dela ou pelo nome falso? xd
Digo isto enquanto leitora/comentadora. Se bem que a pergunta também se deve aplicar ao Katsu xd

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